Ola Bacanas li esta reportagem e resolvi compartilhar com voces, abs.
por Jake McTigue*
20/10/2010
Segundo especialista, fabricante está ocupada aperfeiçoando a versão mais recente de seu hypervisor de virtualização, o Hyper-V Server 2008
A Microsoft está ocupada aperfeiçoando a versão mais recente de seu hypervisor de virtualização, o Hyper-V Server 2008 R2. O produto suporta, agora, migração em tempo real, um sistema de arquivo para cluster de máquina virtual, sistemas operacionais 64-bit e especificações semelhantes às oferecidas pela VMware. Com essas novas funções e características, é hora de dar uma boa olhada e analisar o quão viável é o Hyper-V como alternativa à plataforma de virtualização de servidores ESX, da líder VMware. Abaixo, comparamos as funções do ESX com o Hyper-V, em oito categorias-chave. A VMware ainda é primeira opção. Em uma pesquisa realizada em agosto pela InformationWeek Analytics, sobre gerenciamento de virtualização, com 316 profissionais de tecnologia do negócio, descobrimos que 54% deles usam o ESX Server, enquanto 15% usam o Hyper-V e 7% optaram pelo XenServer, da Citrix.
Gostaria de fazer duas observações antes de prosseguir: em primeiro lugar, sou engenheiro de virtualização com certificado em vShepre 4.0, da VMware e trabalhei em muitas implementações VMware. Dito isso, abordarei essa análise determinado a comparar os dois sistemas objetivamente. Segundo, o grau de funcionalidade na oferta da Microsoft me surpreendeu. A VMware é muito mais madura, mas o Hyper-V se tornou uma opção de virtualização viável e deve ficar ainda melhor.
1. Alta Disponibilidade
Para utilizar as funções de alta disponibilidade dos produtos, VMware e Microsoft requerem componentes semelhantes – dois ou mais servidores host virtuais com hypervisores instalados, armazenamento central e um servidor de gerenciamento. Se um host falhar, os dois sistemas podem transferir máquinas virtuais para outro host disponível no cluster. Os dois sistemas também conseguem migrar as máquinas de um nódulo para outro. No entanto, a VMware pode fazê-lo com múltiplos hosts, simultaneamente, enquanto a Microsoft só consegue migrar uma máquina por vez.
Por experiência própria, sei que a VMware tem problemas em migrar grandes números de máquinas virtuais simultaneamente e migra apenas três com configuração convencional. Porém, esse número pode ser ajustado se a rede vMotion, que permite que o movimento das máquinas virtuais, tiver banda suficiente para replicar o conteúdo da memória em uso para mais de três máquinas sem grandes problemas de latência. O software de gerenciamento vCenter, da VMware, também pode ser configurado para mover cargas de trabalho com base em uso de host. O produto da Microsoft tem uma função semelhante, mas requer configurações das máquinas como recursos de cluster antes que elas possam se mover, dinamicamente, com base em uso de host. Essa é uma área em que a VMware está um pouco mais bem preparada.
2. Uso de recursos
A VMware tem grande vantagem em gerenciamento de memória de máquina virtual devido a duas principais funções: sobrecarga de memória (memory overcommitment) e compartilhamento transparente de páginas (ou TPS). Digamos que, por exemplo, 10 servidores host Windows 2008 rodem em um único host vSphere; o conteúdo comum da memória é compartilhado entre eles. Por essa configuração, a memória disponível nos servidores host vSphere pode ser sobrecarregada. Se um servidor host tiver 24 GB de memória, é possível oferecer 24 servidores de 2 GB de memória. Com configuração Hyper-V, você precisaria de 48 GB de memória para suportar a mesma configuração virtual.
A VMware oferece, também, uma ferramenta chamada Memory Balloon, para recuperar memória sem uso de máquinas virtuais que estão segurando memória inativa, o que permite taxas de consolidação mais altas do que as permitidas pelo Hyper-V. Além disso, a VMware suporta maior alocação de memória guest do que o Hyper-V, chegando a 255 GB de memória transferível para uma única máquina, diferente do Hyper-V, com 64 GB; e multiprocessamento virtual simétrico de oito modos, contra os quatro modos do Hyper-V. Isso tudo torna a VMware mais apropriada e preparada para cargas de trabalho extremas.
As duas plataformas também oferecem drivers bem diferentes para máquinas virtuais. A VMware abstrai o driver da camada base do hardware e oferece um driver de base virtual para o sistema operacional guest. O que significa que a VMware precisa criar drivers para cada peça de hardware na lista de compatibilidade. Por isso, a lista de hardwares compatíveis com VMware é mais restrita do que a do Hyper-V, que opera em qualquer equipamento operado por Windows Sever 2008 R2 – embora dependa do fornecedor do driver para funções mais avançadas, como rede teaming e armazenamento multipathing.
3. Armazenamento
Tanto a VMware quanto a Microsoft suportam a maioria dos sistemas-padrão de armazenamento da indústria: Fibre Channel, SAS, SCSI, InfiniBand, FCoE e iSCSI. Em termos de armazenamento de rede, a única variação é que a Microsoft suporta redes CIFS, o modo padrão dos servidores de arquivo Windows, enquanto a VMware suporta rede NFS, padrão nos servidores de arquivo *nix.
No entanto, a VMware oferece diversas vantagens. Primeiro, suporta armazenamento multipathing pronto para o uso, para que os hosts possam seguir diferentes caminhos para alcançar um volume de disco remoto – essencial para alta disponibilidade. A Microsoft suporta armazenamento multipathing, mas deve ser configurado no nível do driver HBA. A VMware oferece acesso direto ao hardware do disco por máquinas virtuais por meio de da tecnologia proprietária chamada VMDirect-Path I/O, que facilita a acomodação de aplicativos baseados em disco de super alta performance. A Microsoft não tem uma função que compete diretamente com a VMDirectPath – mas como não é uma função de difícil implementação, deve surgir em breve. A Microsoft também não suporta boot iSCSI para máquinas virtuais, dificultando a adoção de iSCSI como forma primária de armazenamento nas estações Hyper-V. É possível oferecer suporte para boot iSCSI, mas é necessário um contorno.
A principal vantagem da VMware é o Storage vMotion, que permite que uma máquina virtual realoque arquivos de disco não estão em um meio de armazenagem, em um diferente meio de armazenagem físico.
4. Segurança
Uma comparação profunda sobre segurança de hypervisor vai além do escopo desse artigo, mas alguns pontos valem ser mencionados. Primeiro, a iniciativa de segurança da VMware, VMsafe, apresenta API com visibilidade em nível de hypervisor, que é compartilhada com sistemas terceirizados de detecção/prevenção de intrusos. Depois, a tecnologia secundária de segurança da VMware, vShield, é um conjunto de produtos de segurança de virtualização para o vSphere, com ferramentas como fragmentação de rede, controle de acesso e zonas e firewall em nível de aplicativo. Junto com IDS e IPS de fornecedores terceirizados usando VMsafe, se torna uma segurança tão potente que a Microsoft ainda não conseguiu alcançar.
5. Licença
A Microsoft e a VMware têm preços e modelos de licença bem diferentes para seus sistemas de hypervisor (Como no Box apresentado no final da matéria). E a maioria das empresas vai notar que o Hyper-V é mais barato, embora não gere economia linear. No nosso primeiro exemplo, a economia foi de cerca de 25% e em um exemplo maior, a economia chegou a 16%.
6. Rede
A VMware oferece diversas vantagens. Uma delas é que, assim como suporte para armazenamento multipathing, a VMware suporta NIC teaming no hypervisor com sua pilha de drivers, enquanto a Microsoft depende de fornecedores de drivers e configurações adicionais para suportar tal funcionalidade. A VMware também suporta vNetwork Distribuited Switching, ou vDS, o que permite a distribuição centralizada e homogênea das configurações de switches virtuais de vCenter, diminuindo o fardo administrativo e a possibilidade de interrupções não planejadas no serviço de migração.
A VMware também fez parceria com a Cisco para lançar a linha de produtos Nexus, que integra switches virtuais diretamente com os switches centrais Cisco, oferecendo as mesmas funções de visibilidade, segurança e resolução de problemas que os usuários recebem do data center Cisco, no nível do vSwitch.
7. Backup e Recuperação
Os dois produtos criam snapshots de máquinas virtuais em funcionamento para armazenamento de dados, desde que você possua um servidor de backup dedicado licenciado e configurado. A VMware ganha muitos pontos com os fornecedores de sistemas de armazenamento com essa colaboração, incluindo a empresa matriz EMC, por automatizar, parcialmente, e gerenciar o processo de falhas em armazenamento secundário.
8. Compatibilidade
O ESX é mais fácil de configurar do que o Hyper-V e oferece melhor suporte para sistemas operacionais que não são da Microsoft, incluindo Debian (Ubuntu), Linux e Solaris, Sun; enquanto o Hyper-V suporta apenas SUSE e Red Hat Linux.
O ponto é que a VMware é pioneira em virtualização e não vive somente da fama. Microsoft, Citrix, Oracle e outras fornecedoras estão se esforçando para enfrentar o ESX, mas a VMware continua aprimorando suas funções e características. Por sua parte, a Microsoft gastou muito tempo e dinheiro transformando o Hyper-V em uma plataforma de virtualização corporativa viável. E se a empresa continuar investindo de forma consistente no Hyper-V, ele irá se desenvolver e se tornar um candidato ainda mais forte nos próximos anos.
Mas, por enquanto, o conjunto de funções do ESX é muito mais maduro. Além disso, tem a vantagem de colaborar com os maiores fornecedores de sistemas de armazenamento, rede, segurança e tecnologias secundárias de virtualização. Portanto, a não ser que seu orçamento seja sua maior preocupação, a VMware continua com o título de campeã.
*Jake McTigue é gerente de Ti da Carwild e consultor sênior e engenheiro de rede da NSI
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